2014

Rélou mai frénds!

Sim, esta é uma tentativa de ânimo e resgate do blog dos Amigos de Grêmio. Fizemos uma pausa apenas aqui, cansados com a boa (mas insuficiente) campanha do ano passado, mas continuamos com “homéricas discussões” via celular.

Sem muita lenga-lenga: mantivemos o mesmo time base (o que é ótimo), recebemos reforços pontuais e perdemos outros, além de novo técnico, considerando os problemas financeiros que merecem post próprio. Sinceramente, apesar do Santo ser santo, não tive preconceito e gostei da chegada do Enderson Moreira; promissor com sangue nos olhos, precisando provar ser bom técnico, pode surpreender no nosso grande objetivo: LA14.

Acredito que não falaremos muito do Tarsão 2014, mais da LA14, mas sendo o primeiro jogo oficial do time principal, vale a citação. PATROLAMOS. Além de bom público na Arena, o time se comportou muito bem, com ofensividade, muitas passagens laterais, tabelas, busca de espaço, bons cruzamentos. Tudo bem, era contra o Aimoré, mas alguma coisa se tira disso. O comportamento geral do time me agradou muito, embora tenhamos jogado no 4-3-3 com 3 volantes (vai mudar para 4-2-3-1), repito, fomos ofensivos. Ainda que ofensivos, os índios atacaram duas vezes com perigo fatal, sem saber que embaixo das nossas traves temos mais um grande goleiro formado em casa, Grohe (>Dida). Mas, a prova cabal virá no nosso grupo da morte na LA14.

E o jogo, afinal? Foi absolutamente dominado, com um golaço do Barcos já aos 13′, o que me estimulou e fez lembrar falas do Santo, quando dizia saber que Barcos é bom e qualquer hora se acertaria. O gol foi uma pintura, não é qualquer destro que bate aquela bola de canhota. Pouco tempo depois, ele mesmo desvia de cabeça e cai no pé do Bressan, com gol limpo. Ainda, desvio do estreante Edinho de falta cobrada por Máxi, 3×0. Sobrou um pênalti não marcado e gol legítimo anulado.

16112320
Baita começo para nosso pirata. Que seja assim por todo 2014! Foto: Bruno Alencastro/Agencia RBS

Com o jogo matado, restou para o segundo tempo ganhar ritmo, entrosar a gurizada. Máxi seguiu ousado, jogando bem e quase foi presenteado com seu gol, que deu no travessão quando tentou cobertura. O presente ficou com o Gladiador, que cobrou o pênalti feito sobre Bressan, outro com boa participação. 4×0.

Patrolamos. Apesar do cabelo do Pará, que fez escola e contaminou Wendell, mais um que jogou bem, fizemos bom jogo. Serve para animar o vestiário e alimentar sonhos. Afinal, se não for isso, o que será?

Dá-lhe!

Provérbio brasileiro

“Quando a esmola é demais, até o Santo desconfia”, quem nunca ouviu falar este provérbio? O nosso Santo, com o seu jeito malandro de ser, com certeza não desconfiou.

O Grêmio vinha de resultados bons e exibições ruins, acho que isso ninguém pode negar. A nossa esmola não estava sendo demais? Ganhando muitos pontos sem jogar um bom futebol? O que deveríamos ter feito? Talvez nada, os resultados estavam aparecendo. Mas poderíamos parar e ver que com aquele futebol, não iríamos muito longe, no nosso caso, continuar vencendo e vencendo e vencendo…

Que o Renato é o nosso grande ídolo, isso ninguém pode discordar. Meu pai também acha isso, mas ele fica preocupado, o Renato fala demais. Quando a gente começa a vencer então, ele se solta… Não teve um que na segunda-feira após ver a entrevista dele no Bem Amigos não achou ele ‘o fodão’, tipo o Madson. Mas falou um pouco além do que deveria. Estamos nos animando com pouco e falando como se tivéssemos muito.

LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Portaluppi humilhando os jornalistas do Bem Amigos. FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Começamos o jogo de hoje a mil. Zé e Elano de volta ao time, junto deles veio o Maxí. Apesar de eu não achar Zé e Elano armadores, no Grêmio eles são. Jogo passado a gente não tinha nenhum armador no time, agora tínhamos três. O Renato enche a boca pra falar, temos 4 ou 5 esquemas de jogo, mas não temos tempo para treinar. Quando as coisas dão certo, parece tudo lindo, mas agora é hora de ver que não estamos nas mil maravilhas.

O Grêmio foi muito superior ao Criciúma em grande parte do jogo, mais posse de bola, mais chances de gol, mais profundidade. Isso parece familiar? Sim, exatamente o que não tivemos nos últimos jogos. E quando tivemos a gente perdeu, em casa para o Criciúma. Convenhamos, um time que perde duas partidas para o Criciúma não pode disputar o título brasileiro. Os favoritos vão em Criciúma e vencem lá, e em casa nem se fala. O Grêmio conseguiu perder as duas.

Enfim… saímos perdendo por um gol do Wellington Paulista. Quando o jogo começou eu disse no twitter que tinha apostado 2×0, mas aí quando vi as escalações, falei 2×1, porque esse filho da puta sempre faz gol no Grêmio. O Odone já tinha cansado de levar gol dele e anunciou ele sem nem mesmo saber que ele não podia vir. Empatamos o jogo em belíssima jogada de Maxí, e um belo gol… logo depois ele fez mais uma grande jogada, mas o uruguaio não fez muito mais que isso no jogo. Elano começou como um touro e terminou como uma vaca. O Zé fez bons passes mas pecou na objetividade de suas jogadas, quando ele precisa fazer algo com mais em profundidade, ele dá mais um toque curto para o companheiro.

Aí quando o Grêmio foi todo ele para cima, levou o segundo gol em cobrança de escanteio, que se não me engano, o Lucas Coelho ficou parado e o cara cabeceou sozinho. Não é possível que o cara não saiba marcar e desça para a área fazer isso. Isso é coisa de se analisar em treinamento. Mas a gente não treina. Mas temos 5 esquemas de jogo?

Enfim, depois da merda estar ali fedendo já, o Santo resolveu inventar um 4-2-4… Começou querendo controlar o meio e terminou sem lembrar dele.  Mas já era tarde.

A culpa da derrota é de quem? Acho que podemos levar em contas os desfalques, mas não justifica perder para um time (duas vezes) que já sabe que em 2014 irá estar na Série B. Acho que o falatório também ajudou. Acho que o Paulo Sant’Ana  também poderia ficar quieto, foi lá fazer vídeo pedindo Elano e Zé… e agora, aliás, amanhã, o que ele vai falar? Vai tirar o dele da reta. Mas acho que o Santo é o culpado pela derrota. Anda falando em demasia, e o principal, defende muito quem não deveria. Barcos é o furo do time. Não dominou, não girou, não chutou… só atrapalhou e errou. O nosso capitão precisa de uma sombra, mas não tem. Começo do ano ele tinha um monte, agora ele sabe que tá sentado na janela na mesinha no fundo do busão e dali não sai. E o pior, jogando truco e só passa facão.

O Barcos afundou? Bola na canela. FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

O Barcos afundou? Bola na canela. FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Ah.. o São Paulo está vencendo o Cruzeiro no Mineirão.

Vitórias MAIÚSCULAS!

Nossas duas últimas vitórias não podem ser classificadas de outra forma senão como maiúsculas, memoráveis, indispensáveis. Contra os dois rivais de G4, desconsiderando o desgarrado Cruzeiro, aplicamos vitórias essenciais na afirmação do time neste segundo turno, para abrir vantagem e dar segurança.

Contra o Atlético-PR, jogando na Arena, saímos mais ofensivos no esquema 4-3-3. Os problemas de meio-campo persistiram, mas tivemos absoluto domínio no primeiro tempo, em que marcamos o tento que nos deu a vitória. Um lindo gol da infiltração de Riveros, aquele que diziam ser desconhecido e aparece como uma das melhores contratações dos últimos tempos. A postura aguerrida, marca da nova era Portaluppi, induz ao recuo para defender-se, no entanto. Por isso, mais uma vez, passamos sufoco no segundo tempo, embora tenhamos nos guardado muito bem. Diria que temos a melhor defesa do campeonato, pois não necessariamente ela é a que sofre menos gols, pode haver outros fatores nesta equação. Nossa defesa começa nos atacantes que têm se sacrificado pela equipe, o que vem dando certo, são 5 jogos sem sofrer gol. Com garra de sobra, mantivemos a vitória e chutamos o primeiro dos classificáveis para a LA14.

riveros_atletico
Gol de volante com tranquilidade de centro-avante: Riveros. (Foto: Mauro Vieira/Agência RBS)

Ainda mais emocionante (sim, nossa emoção sempre foi distinta daquela que se arrepia com ‘chogo bonito’) foi a batalha contra o Botafogo, na casa deles, o lendário Maracanã. Sem Vargas, suspenso, o Santo foi de 3-5-2, pois Werley se recuperou. Já que em time que está ganhando não se mexe, os dois velhinhos, Zé Roberto e Elano, continuam esquentando banco – deve ser duro verem, com as qualidades que têm, um time bruto como um mamute vencer seguidamente. Embora Koff, o eterno, queira fazer economia no próximo ano, acredito que devemos mantê-los integrados ao elenco, não podemos abdicar de suas experiências.

O jogo começou como esperado, eles atacam, nós nos defendemos e tentamos contra-ataques, mas um componente especial apareceu: Kléber, não contente com o amarelo que já havia recebido, usou força excessiva em uma disputa e foi expulso direto, aos 32′. Tudo o que não precisávamos: jogar fora de casa, contra adversário direto e com um a menos. O juizão se mostrava muito tendencioso e exagerou, sem dúvida. (Em tempo: o Gladiador precisa de terapia; não encontrei o cargo de psicólogo(a) no quadro de elenco, esse profissional é essencial, devemos dar atenção a isso). Nessas alturas, um empate seria lucro. Seria, se não fosse a absurda efetividade dessa atual equipe: uma única chance, é caixa! De uma bola recuada da linha de fundo por Riveros, Alex Telles, melhor cruzador que touro premiado, bateu cruzado sem pulo, no ângulo oposto e o arqueiro inimigo nada pôde fazer. Golaço! Baita golaço que coroa o ano mágico deste guri, que saiu do Grêmio B para brilhar no campeonato nacional mais difícil do mundo, o Brasileirão. Alex Telles já figura nos comentários da TV milionária e foi justamente elogiado por Lédio Carmona, um dos melhores comentaristas do futebol, depois dos três Amigos de Grêmio: “Ele é de longe o melhor lateral esquerdo do campeonato, muito acima do segundo”. Porém, havia ainda todo o segundo tempo…

barcos_alextelles_ae_lucioanobelford
O melhor lateral esquerdo do campeonato: Alex Telles. (Foto: Luciano Belford/Ag. Estado)

Com um a menos, não nos restaria muito senão fazer o que sabemos: defender. O Santo rearranjou os peões e postou duas fortes linhas de quatro jogadores, com Barcos a frente, na esperança inocente de que ele poderia ter sucesso num contra-ataque. O jogo foi ainda mais monotônico, de uma nota só. Ramiro, a formiga atômica, outro que veio do Grêmio B, deve ter comido duas barras de urânio antes de entrar em campo; correu por três: ele mesmo, Kléber expulso e por Barcos, a barata bêbada. Nossa outra nova e bela revelação correu como se não houvesse amanhã, multiplicou-se, foi onipresente e vem mostrando um espírito guerreiro sem igual; o que lhe falta em altura, sobra em vontade.

Souza, que estava tão pilhado a ponto de dormir com a camisa de jogo dois dias e quem quase fez uma revisão histórica do rival de tanto pesquisar, também foi fundamental para segurar o jogo. Pra dar gás entraram Wendell e Lucas Coelho, que ganhou pontos só por usar a camisa por dentro do calção, possivelmente o único no Brasil a fazer isso, já que Gilberto Silva aposentou. Aqueles que tentavam botar fogo na coisa, tiveram apenas uma chance, que parou nas mãos do nosso gigante Dida, o tranquilo. Um tal de Dória, o mesmo que simulou a falta da expulsão de Kléber, chutou 593 vezes e poderia continuar até a próxima era glacial, sem sucesso. Um desmotivado Seedorf (que usava a camisa por dentro, mas abrasileirou-se) recebia vaias da torcida, o que nos fortalecia ainda mais.

seedorf_satirosodre
Seedorf, assim como Baier e Ganso (?), nada fez. (Foto: Satiro Sodré/globoesporte.com)

Com garra épica, aquela que só nós temos, mantivemos a goleada e chutamos o outro adversário de LA14. Informações de vestiário dizem que a jogada do gol foi desenhada pelo Santo na preleção; sua adaptação dos esquemas, ainda que muito defensivos ao meu ver, tem se mostrado eficiente; o cara é muito mais que motivador.

O esforço dos jogadores, a obediência tática, são tão evidentes que emocionam. Esta é uma equipe como poucas, ou nenhuma, que jamais vi. Quem não entende quando falamos de Grêmio imortal, assista a esse jogo. Passo a acreditar que o Santo conseguiu transferir aos jogadores o espírito da raça castellana, copero, aquele que só os antigos conhecem, aquele que aparece em contos e lendas dos tempos passados, quando conquistamos o mundo e marcamos no couro a sigla da luta. Se isso se mantiver, o céu não é limite.

Previ um jogo como esse (só faltou chover) e usei a camiseta com as marcas das chuteiras do ídolo Dinho, do Grêmio Libertador, não poderia combinar melhor. Estamos na LA14 e isso significa grana, Geld, money! Essa é a nossa Copa, coparemos!

renatogaucho_ae_celsopupo
O Santo, amém. (Foto: Celso Pupo/Ag. Estado)

Efetividade

Se um alienígena resolvesse passar por aqui neste belo domingo, em que choveu no cerrado brasileiro, para assistir São Paulo x Grêmio, poderíamos esperar uma conversa assim (traduzida para o Português):

–Mãe, vou dar um pulo lá na Terra assistir um esporte que os terráqueos chamam futebol, logo volto, vou pelo buraco de minhoca da M33, okay?
–Tudo bem, meu filho, mas pega o da Andrômeda que é mais seguro. E não vai beber, você acabou de tirar a carta intergaláctica!

Camuflado de um animal saltitante, passaria despercebido. Sem grandes conhecimentos sobre futebol, analisaria o estilo de jogo do Grêmio e, sabendo da existência de outros jogos, concluiria que o estilo era o pinball: a bola bate e volta, bate e volta. Tanto na defesa, quanto no ataque. O E.T. adolescente voltaria confuso, sem entender como o time saltitante pode ter perdido o jogo, se o dominou por todo tempo. Jogou melhor, fez triangulações, boas infiltrações, mas não adiantou. Quem saiu com a vitória, enfim, foram os de azul, que tiveram seu melhor jogador da partida embaixo das traves: o gigante goleiro Dida.

15660123O gigante fechou o gol e garantiu a vitória. Foto: Roberto Vazquez/Futura Press/Estadão Conteúdo

Mais um jogo sofrido, doído, masoquista. O Santo lançou o 4-3-3 novamente, sem muitas alternativas. É um esquema bom, embora nossos laterais sejam fracos marcadores. Seria melhor se funcionasse: os dois atacantes rápidos não fazem o trabalho de meio-campo e o centro-avante, lento, parece uma barata bêbada. O que se viu, então, foi um buraco-negro entre a defesa e o ataque, pelo qual nosso etezinho poderia voltar para casa. Pelo menos, tinha pouca gravidade e não atraía a bola dos incontáveis balões emitidos por nossos habilidosos zagueiros.

Isso revela uma verdade que não podemos esconder com a vitória: jogamos mal outra vez. Não, ao meu ver não é jogando mal que se ganha campeonato. Passar os jogos esperando por uma bola de sorte é loucura, seria uma estratégia burra demais. Esse esquema é interessante, embora os jogadores ainda estejam com o 3-5-2 na cabeça; pode dar certo realmente se Barcos jogar como centro-avante, Gladiador e Vargas fizerem melhor essa alimentação. Porém, temos outros jogadores importantes e não gosto de ver o Santo queimar jogadores como já aconteceu esse ano, é mesquinho demais.

A efetividade de um esquema bem definido, em detrimento de um esquema seja-o-que-deus-quiser, é sempre preferível. O Santo já mostrou que não é tão teimoso assim. Também não podemos nos agarrar no dogma do jogo feio; é quase fim do ano e ainda precisamos encaixar.

Tudo indica que a rodada nos favorece. Tem muito chão nessa estrada e acredito que podemos caçar o Cruzeiro, contando que 3 pontos dessa diferença precisamos tirar no confronto direto. É muito possível, desde que organizemos nosso estilo de jogo que mais parece a cabeça de um esquizofrênico.

Pra não dizer que não falei de flores: houve um pênalti não marcado a favor dos saltitantes. Bah, que pena.

untitled-5.jpg_85Buá, buá. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Estamos vivos para o jogo de volta?

Esse era o objetivo que a direção propagava para a imprensa e torcida. Tal afirmação é subjetiva quando se trata de Copa do Brasil, torneio onde o gol fora é critério de desempate. Chegamos vivos, mas o empate sem gols leva aos pênaltis e com gols classifica o Corinthians. Por essas e outras que, nesses tipos de torneios, prefiro jogar a primeira em casa.

Sobre o jogo está difícil falar, imagine como foi assistir.

E os meias professô?! (Foto: Reinaldo Canato/UOL)

Renato, sem contar com Saimon, abriu mão do esquema 3-5-2 e entrou em campo com 3 atacantes (Barcos, Vargas e Kleber) e 3 volantes (Ramiro, Souza e Riveros), consagrando assim a má fase de Barcos. A verdade é que o Grêmio foi para não perder um jogo contra um time que até então não vencia a 6 partidas (e nós a 4).

Num primeiro tempo sofrível quem se destacou foi Rhodolpho, salvando um gol quase certo. Não me lembro de alguma chance de gol nossa, nem sequer um chute de longa distância. Muitas faltas, muita catimba e um gol mal anulado contra o Corinthians. Lance difícil, não dá pra pôr na conta do árbitro nem do bandeirinha. Sem nenhuma alteração no intervalo o Grêmio voltou para o segundo tempo um pouco melhor, não o suficiente para abrir o placar. Vargas numa boa cobrança de falta quase se redimiu do gol perdido contra o Alt-MG, só esqueceu de combinar com o goleiro Cássio. E foi só.

Rhodolpho salvando a meta tricolor (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Porém, considerando o desempenho e os resultados dos últimos jogos, o empate não foi de todo ruim, ainda mais se colocarmos na conta o fato de termos jogado fora e contra um grande time que tem certa “facilidade de relacionamento com a arbitragem”.

Para o jogo da volta a situação é a seguinte: Nosso ataque que não marca, precisa balançar a rede de uma forte e sempre bem postada defesa dos times treinados pelo Tite. Até acho que o 4-3-3 desse jogo, com entrada de Elano ou Zé Roberto no lugar de um volante, possa ser uma boa solução para termos um time mais ofensivo e efetivo no ataque. Torceremos!

Ah, antes que eu me esqueça…

Gol é gol, aqui ou na China. Basta de gol qualificado!

Um abraço

Santo soberbo

Buenas, nenhum dos três autores assistiu o jogo de ontem. Sorte nossa, parece que foi sofrível mais uma vez, pra dar dor de barriga. Acompanhei os lances pelo celular, que informou 3 gols perdidos nos primeiros minutos de jogo, um de Barcos, livre. Novidade?

Foto: Romildo de Jesus/Agência Estado

Antes disso, a escalação: Renato, o Santo, mais teimoso que qualquer alemão, entra com Saimon na zaga para manter o 3-5-2, mesmo sem ritmo de jogo. É verdade que ele salvou uma jogada perigosa dos bahianos e sempre gostei dele, mas foi arriscado. Ao meu ver, estamos em fase de transição, temos que reencontrar o modo de jogo. É quase consenso que o atual esquema tático já foi mapeado pelos adversários, que não fazem muito esforço para neutralizá-lo. Com Zé e Elano disponíveis, Vargas voando, Kléber Gladiador como um touro, precisamos pôr as barbas de molho e repensar.

Particularmente, estou cansado dessa história de jogar feio. Questiono a capacidade de um time ser campeão jogando feio; sei que esse é como um dogma gremista e me atreverei a pôr o dedo nessa ferida, mas esse assunto merece análises especiais. O esquema, enfim, acredito que deva ser mais ofensivo nesta reta final, mudemos totalmente se for preciso, surpreendamos outra vez os adversários como fizemos na sequência de 5 vitórias. Vejam, perdemos pontos importantes nos últimos 3 jogos, Santos deveria ter sido atropelado e ontem uma vitória natural. Sim, questões de jogo, gol muito mal anulado, mas isso tudo não interessa, interessa é bola na rede e ponto.

Aí vem o que motiva o título: a vontade de ser campeão. Já nos últimos anos tivemos desempenhos semelhantes a esse e morremos na praia. Por que? Talvez, porque o Santo tenha aprendido algo com aquele que não se pronuncia o nome e tergiversa horrores nas coletivas, com temida soberba. Desconversa, confia sempre no grupo, nunca é culpa de ninguém e estamos bem. Santo, cria vergonha! Chega dessa conversa meia bomba! Perdemos pontos que não podemos perder e queremos o campeonato, é faca nos dentes!

A mesma conversa não deve acontecer no vestiário, mas é parecida. Tantos jogos sofríveis não me mostram um time bem treinado. Mas, Santo é Santo, que faça milagres. Agora vem o curintia e, dizem, somos bons em mata-mata. Espero que Koff, a lenda, lhes transmita o espírito de batalha.

————————–

Nesta semana, o letreiro do Mundial chegou à Arena, terceira casa inteiramente nossa.

Foto: Hector Werlang/Globoesporte.com

Grêmio 1-1 Santos

O Grêmio conseguiu perder mais 2 pontos ontem a noite na Arena. Já tinha perdido 3 para o Atlético-MG que não poderia perder. Um primeiro tempo sofrível do Grêmio, o segundo tempo também não seria diferente se não fossem as substituições feitas pelo Renato.

O esquema do Grêmio já está manjado pelos adversários, no 3-5-2 não conseguimos mais jogar bom futebol, é bola pro lateral e cruzamento para a área. Bola no lateral e cruzamento para a área. Tendo que contar com um bom cruzamento do Pará não vamos longe, e contar com um lance de oportunismo do Barcos, também não. O argentino vem com desempenhos, no geral, muito ruins, e acho que as vaias ontem foram um sinal do que a torcida está vendo do cara que é para ser o artilheiro. Aquele gol ontem no primeiro tempo ainda não me desceu na garganta. Não adianta o Renato pedir/mandar parar de vaiar. Acho que o Renato já mandou além da conta, ele está na hora de começar a escutar um pouco também. E não adianta falar que estamos no caminho certo.

Vargas

Cabeça em 2014. Vejo o clube e boa parte da torcida com a cabeça no próximo ano já, estamos em setembro na metade do Campeonato Brasileiro e já posso sentir isso, lamentável. Boa parte da torcida está só debatendo a Eleição do Conselho, fazendo propaganda da sua Chapa ou da Chapa do seu chapa. Sendo que Conselheiro do Clube ultimamente mais vale para por em definição pessoal de rede social do que para alguma outra coisa. E o clube falando abertamente sobre reforço de ‘persona non grata’ para ano que vem já é muito para minha cabeça. Mas a torcida não vai deixar isso acontecer, nunca!

Em 2013, está na hora de desmontar o 3-5-2, tirar o Bressan que não vem jogando nada (depois da especulação de transferência) e colocar o Elano no meio de campo e colocar Vargas no time, ele mesmo, que vem sendo criticado tanto pelo gol perdido contra o Galo. Ontem ele mostrou que continua sendo o melhor jogador do time apesar de algumas exibições abaixo da média. Mas ele tem que jogar de armador como no Chile, flutuando ali na frente da área. O meu meio é Souza, Zé Roberto, Elano e Vargas e vamos pra cima desse povo, se queremos algo no campeonato só assim. Caso contrário, ficaremos nessa mesma nos próximos jogos e o risco de nem pegar Libertadores é real. O título nem se fala mais, Cruzeiro 11 pontos na frente e não existe perspectiva de essa diferença diminuir nas próximas rodadas.

E falando em 2014, procurar dois armadores e um centroavante pro time é pra ontem! Para 2014 também é necessário a busca de um novo treinador (vamos preservar o ídolo) e uma nova fornecedora de material esportivo.

Renato Gaúcho

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Bem-vindos à nossa paixão gremista

Prezados leitores,

Sejam bem-vindos a este espaço de paixão pelo Grêmio Foot-ball Porto Alegrense.
Escolhemos este especial dia 15 de Setembro de 2013 para iniciá-lo, o dia em que nosso Grêmio completa 110 anos de história gloriosa. Uma história repleta de mitos, de lendas dignas de epopeias, de heróis e anti-heróis, de deuses e santos, de tradição e renovação, de amor eterno. O amor que nós três, os autores deste blog, dentre milhões de gremistas, recebemos dos nossos pais ou criamos nós mesmos, transferiremos aos nossos filhos e filhas, até no dia em que o Sol não brilhe mais no céu, até no dia em que não haja mais alegria para fazer futebol.

A amizade que nos une sempre teve a indissociável companhia da paixão gremista, uma vez que temos os três um mínimo de inteligência futebolística: somos Grêmio. Nascemos com sangue azul – é vermelho quando sai do nosso corpo, então já não é mais nosso – e nascemos gremistas, antes de chapecoenses, lindoienses ou mondaienses, antes de catarinenses ou brasileiros. Blumenau, SC, foi o cenário dos primeiros atos, entre enchentes e Oktoberfests. A cerveja e a carne que regam qualquer encontro (quando possível), são testemunhas desse bem-querer. Como o amor pelo Grêmio, deve durar esta amizade pelas gerações todas que vierem a pisar nesse solo sagrado do Sul do Brasil.

Procuraremos analisar os jogos, os principais momentos do Clube, discutir os assuntos tricolores com a visão de gremistas distantes da Arena do Grêmio, mas que têm igual paixão daqueles que gritam nas arquibancadas. Eventualmente, poderemos receber convidados a publicarem. Aceitaremos contribuições para enriquecer os debates e ajudar indiretamente o nosso amado time.

Por este dia em que um dos maiores clubes de futebol do mundo completa 110 anos, um século e uma década de imortais Laras, Mazaroppis, Airtons Pavilhão, Dinhos, Danrleis e Jardeis, de Martins, Vinícius e Jonathans, iniciaremos nosso blog de paixão gremista. Parabéns ao nosso Grêmio! Parabéns a nós todos!