Sacudir as cinzas

Em uma quarta-feira que muitos chamam de Quarta-feira de Cinzas, talvez seja uma boa hora para sacudir as cinzas e voltar à atividade da página.

Depois dos resultados da temporada até agora, das vendas generalizadas, das notícias desmotivadoras, sejam elas de abandono, financeiras ou descaso, poderíamos também citar o começo do torneio que mais desejamos e estamos fora da disputa, tudo isso não faria ninguém querer voltar a escrever sobre o Grêmio. Mas talvez possa ser isso mesmo. Existe aquele velho jargão tricolor que diz que somos imortais, e para a tristeza de muitos, pode ser que seja isso mesmo.

A hora não é de abandono, muito pelo contrário. É a hora de ajudar o clube, e do clube se ajudar também.

Sempre falamos que os jogadores de futebol recebem muito, sempre falamos que o clube precisa olhar mais para as suas categorias de base, que precisamos parar de vender as promessas para pagar os velhos jogadores e que geralmente tem um salário maior, que precisamos resgatar a imagem do clube, através das atitudes dos jogadores e das nossas também. Se for para não ser campeão (agora), que seja com essas nossas ideias, não gastando rios de dinheiro que não trazem resultado algum. Vamos preparar o terreno para o futuro.

Vamos começar pelas nossas atitudes. Apoiar aquilo que sempre reivindicamos, mas sabendo que isso não pode custar o nosso protagonismo nos torneios.

É hora de apoiar o Grêmio. E se associando é um bom começo. Ao clube cabe diminuir custos, e a nós cabe aumentar o ‘faz-me rir’ nos cofres.

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

O que vi no jogo de hoje

Vontade e comprometimento.
Raça e ousadia.
Imposição e habilidade.
Emoção.

Um Saimon bandido.
Um Bressan, capitão, solando.
Um Alan Ruíz arrematador.
Um Lucas Coelho finalizador.
Um Marcelo Grohe milagroso.
Um cara chamado Otamendi.

Mas acima de tudo, vi uma quebra da lógica de jogo. Sabendo que entramos com quase todo time reserva e Atlético-MG não, o esperado era um jogo difícil para nós, em que teríamos que encontrar um golzinho perdido pelos cantos da Arena. Já nos primeiros minutos aconteceu o oposto, impusemos uma correria com qualidade e muita disposição na marcação, a gurizada surpreendeu.

A diferença na atuação do grupo reserva foi justamente deixar de lado aquele estilo forçado e previsível. Não há nada de muito especial em um bom time de futebol: basta fazer o básico bem feito. É recompor a marcação com rapidez e força, é tocar com precisão e correr para receber na frente, é ter jogada ensaiada para bolas paradas. A inesperada e excelente vitória de hoje acalma os corações dessa imensa torcida e fornece interessantes alternativas para o pequeno Ender.

alanruizHabemus collector, o super-habilidoso Alan Ruíz. (Foto: Ricardo Rímoli/LANCE!Press)

Abrimos o placar em cobrança de falta magistral de Alan Ruíz, como há muito tempo não víamos no Grêmio. Habemus collector. O comando da partida se manteve e em um passe fraco recuado para Victor, Lucas Coelho fez jus ao sobrenome e chegou antes, dando uma janelinha humilhante de pé trocado e entrando com bola e tudo. 2×0 era um placar especial praquelas condições, então naturalmente recuamos e passamos a marcar atrás do meio-campo. Aconteceram algumas imaturidades da piazada, principalmente dos laterais, mas nada que comprometesse o resultado. A partir daí, Ramiro foi o onipresente, Saimon e Bressan foram cangaceiros. No segundo tempo, cansados, mantivemos a marcação e fizemos contra-ataques com boa competência, algo inexistente entre os titulares, por mais que Dudu tenha se esforçado. E isso não foi só por Luan, também por Ruíz e Rodriguinho, que alimentaram o ataque. Embora o gol da pressão dos adversários, mantivemos a vitória.

Chego agora onde quero chegar: é capital acalmar os ânimos da torcida, que deve parar com tanta frescuragem. Sempre defendi a necessidade de mudar o conceito desse baile de técnicos que acontece no Brasil. Há uma miopia intolerante em que não se respeita história alguma, se esquece de vitórias há poucos jogos, se troca qualquer projeto razoavelmente bem planejado por uma ânsia infantil de vencer amanhã, ano que vem não importa. Sim, também fiquei puto com o GreNal, aquilo é inaceitável, mas trocar tudo não resolve. Estamos nessa ejaculação precoce há 13 anos, será que ainda não aprendemos? É preciso quebrar a lógica! Temos tudo pra isso nesse momento: necessidade de coerência financeira, técnico barato e razoavelmente competente, grupo que começa a entender o espírito do clube e, o mais importante, temos o único homem capaz de fazer isso no Grêmio, o Dr. Fábio André Koff. Só ele tem culhões suficientes para quebrar essa lógica e toda nação aceitar.

Além de projetos a longo prazo, precisamos de um Departamento de História do Clube, com agentes e psicólogos que transmitam a quem chega o que é o Imortal Tricolor, expliquem que espírito é esse, quem foram os nossos heróis e o que fizeram, avisem com devida veemência que não se leva mais que dois gols em GreNal – se acaba com o jogo antes disso, se luta até os 48′ do 2° tempo até que falte ar e as luzes escureçam frente aos olhos.

Ainda que uma tragédia aconteça e não superemos o San Lorenzo, time papal, torço para que o planejamento de longo prazo permaneça, com ações a médio e curto obviamente. Não quer dizer que novos atores não possam chegar, mas algo diferente do que está aí pode nos fazer maiores amanhã. É preciso quebrar a lógica e vamos pra cima, com toda nossa força, nossa imposição, porque somos maiores, somos imortais!

E para inspirar nossos jogadores-estrelas, a motivação da geração que já levou a Copa do Brasil Sub-15 e agora está na final da Sub-17:

 

Nada além do esperado

Existem duas diferentes formas de se analisar a derrota de ontem,  uma pela perspectiva do resultado e outra pelo desempenho do time. Mas as duas tem algo em comum, já eram esperadas pelos torcedores mais realistas, que não criaram falsas expectativas se apoiando na história de um Grêmio copeiro do passado.

Analisando apenas o resultado, num jogo fora de casa, contra o atual campeão Argentino, com desfalques importantes e vindo de péssimos resultados, a derrota por 1 a 0 é um resultado normal, esperado até. Vide a derrota do Vélez. Saímos em desvantagem, mas de novo, analisando apenas resultado, é algo perfeitamente reversível no jogo de volta.

Éderson segue motivando seus jogadores (Foto: ESPN Brasil)

Agora vem o triste, falar da atuação de time e treinador. Um a cara de outro, outro a cara de um, e nenhum a cara do nosso Grêmio. Não basta o motivacional estar abalado, jogares sem atitude em campo e alguns desfalques…precisa escalar Léo Gago e manter Pará no time. Aliás, sobre esses dois, mais a frente, em outro post, vou escrever sobre o que ter jogadores como estes refletem no presente futuro do clube.

O desempenho do time ontem de nada fugiu das últimas atuações, time apático, muitos erros e nenhuma imposição sobre o adversário que se mostrou fraco, não muito melhor do que times do gauchão.  A melhor defesa do goleiro adversário foi num recuo do seu zagueiro, lance bisonho. A cobrança do tiro de 2 toques foi digna da fase que vive esse time. E pensar que ainda criei esperanças no lance. Pobre torcedor, pobre Dudu, tiveram que ver Barcos fazer o que fez.

Avaliando individualmente os jogadores, Geromel foi a surpresa positiva, deu certa segurança e não comprometeu, contrariando assim todas  as perspectivas. Dudu também fez uma boa partida, correu muito e foi o desafogo no ataque, um dos poucos que demonstram indignação. Zé Roberto e Edinho fizeram uma partida razoável, mas de resto, foram de mal a pior.

A paciência do torcedor se esgotou com o treinador e muitos jogadores. Quem viu Jardel, Arce e Felipão, já suportou demais Barcos, Pará e Éderson. O momento de mudança já passou, véio Koff e seus diretores pecaram na omissão, mas agora precisam assumir a bronca e fazer valer a imposição de vestiário de outrora.

E assim foram esses primeiros 90 minutos de mata-mata, nada além do esperado. A verdade é que a vantagem é reversível, resta saber se o time e treinador estão dispostos a mudarem de atitude e o futebol quem vêm jogando. Portanto, Oremos…não pera, o Papa é deles. TORCEMOS e COBREMOS!

Até quando Barcos? (Foto: ESPN Brasil)

Grêmio antecipa a Páscoa

Difícil falar muita coisa depois dessa humilhação, conseguimos antecipar a páscoa e a chegada do chocolate em uma semana.

O jogo de hoje foi mais um onde não se viu nos jogadores a vontade de vencer um clássico, assim como foi no outro clássico na Arena também. Dos quatro tempos de 45 minutos cada, em 135 minutos a gente levou bailes táticos do time do Internacional, que até começo do ano todos diziam ser um time limitado. E o desinteresse dos jogadores é contaminado pela direção, que vem menosprezando clássicos dia após dia, falando em discursos maiores e a vergonha dos clássicos é o que vem marcando o Grêmio.

Nas próximas horas e próximos dias virá a tona a desculpa pela diretoria “estamos na Libertadores”, onde em seis jogos levamos um gol, mas em dois clássicos levamos seis.

Um time que se preze que almeja alguma coisa em qualquer competição não pode ter em seu time titular jogadores como Pará e Werley. Não pode vir cada 6 meses um treinador e esses jogadores sempre jogarem no Grêmio. Que vá para o lixo aquele argumento que o que define quem joga no final de semana é o cara que melhor treina durante a semana. Primeiro porque não irá nos dar gol, nem ponto, nem classificação nem título ter um monte de leão de treino e que na hora da partida não rendam, segundo que não se existe mais tempo para treinar, não é mesmo? Se os caras só jogam que se avaliem os jogadores pelos jogos oras bolas.

Vergonha Grenal

Crédito: Mauro Vieira/Agencia RBS

Em outras épocas, se demitiu treinador por muito menos. Hoje ao chegar ao intervalo da partida mandei mensagem aos Amigos de Grêmio, que o intervalo iria mostrar até onde o nosso treinador poderia ir. Começou sacando o único volante que vinha fazendo alguma coisa interessante, e aí deixou o salão do jeito que o Internacional esperava a semana inteira. Teve que o treinador perdendo de 4×0 repor um volante no time para fazermos um gol cagado. Não estou defendendo os três volantes, mas sim QUAL volante substituir.

Pior do que as mudanças técnicas na equipe, o que me interessava era a mudança de atitude, e nada se viu. E não sei se este treinador poderá nos dar o algo a mais que precisamos e o presidente Koff por tantas vezes defendeu em sua campanha para voltar a presidência do Grêmio. O presidente não tem mais saco para lidar com alguns assuntos, o nosso diretor executivo não tem o perfil e o assessor é um picolé de chuchu, que resumindo não é nada.

Porque eu digo isso? Porque hoje era a hora do discurso forte da direção, do presidente vir e dar a cara a bater, não mandar os seus subordinados virem com discurso ameno, falando que adversário foi melhor, que é hora de reflexão e trabalho. É hora de atitudes e resultados!

Não sei se a demissão do Enderson Moreira seria a melhor para o Grêmio, logo após a partida eu achava que sim, agora não sei. Mas o problema é que no futebol brasileiro, quem paga o pato é o treinador. Se ele tira o Werley e afasta, os jogadores se viram contra ele. O que faz a direção? Manda o treinador embora e os jogadores continuam mandando no clube e o Pará e o Werley continuarão sendo escalados.

É hora de ouvir a corneta dos colorados, ficar na nossa até porque não temos outra opção ou esperança de melhoria de parte do comando.

Enderson Moreira

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Vergonha

A primeira coisa que pensei sobre essa crônica foi no título. Levar roda dos reservas do Nacional dentro de casa é vergonhoso. Fazer 54 passes errados e 21 cruzamentos errados, é vergonhoso. Errar 5 gols na cara das traves é vergonhoso. E mais que tudo, alcançar a segunda melhor campanha geral, a que dará quase todas as decisões em casa daqui pra frente, vencendo um jogo roubado, é muito mais vergonhoso.

E vêm aqueles que dizem: pô, ganhamos, estamos classificados, tivemos várias oportunidades! Eu sei, meus caros, não sou cego. Mas também não sou cego para ver o que não está escrito. Sistematicamente arregamos depois de fazer o primeiro gol, isso é coisa de time soberbo. Em quase todo segundo tempo, fomos o Grêmio do Renato, fazendo jogo-balão. São comportamentos para se estudar psicologicamente, não pode ser natural tanta displicência, tanta inconsequência tão claras nos dois gols feitos perdidos no fim do jogo. A vontade que tive foi de dar um tapa na cara do Deretti e do Barcos. Não aceito medir o jogo como bom porque criamos oportunidades, que não foram convertidas. O que vale é bola na rede. Vergonhoso.

Se não vou falar do jogo em si? Morno. Não fomos o mesmo Grêmio, que tem se imposto, que controla o jogo. Começamos pressionando razoavelmente até o pênalti no Barcos, claríssimo. Menção honrosa para o Bandeira que justificou os bagos que tem e correu para a linha de fundo acusando a falta. Cobrança bem feita, porque entrou. Então, vem a soberba, deixando o Nacional jogar e nos fazer pressão.

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Torcida feliz, espírito de raça, assim que jogamos! Foto: Richard Ducker/Frame

Esperançoso para o segundo tempo estive, acreditando que Enderson daria um chacoalhão na pangarezada no vestiário. A volta foi a mesma, Ruíz mal tocou na bola, os Três Mosqueteiros não armaram nem suas barracas, Barcos tentava qualquer coisa e Dudu seguia correndo como se não houvesse amanhã. Então vem outro pênalti claríssimo, na minha opinião, por mão de Dudu na bola, juizão não marcou e minha vergonha transbordou. As substituições não surtiram qualquer efeito e dúvida que me veio é: sentimos uma síndrome de abstinência de Luan? Ou mesmo de Zé? Acredito que sim, o papel foi dado a Ruíz, que não correspondeu.

Para não dizer que não falei de flores, classificados estamos com a segunda melhor campanha, isso é considerável. Decidiremos quase todos os confrontos em casa e não me venham com papinho de que isso não importa. Não importa pra quem não vai decidir. Que venha o San Lorenzo, time a ser muito respeitado, mas já matamos o grupo da morte, ninguém nos põe medo, eles que o tenham de nós. Mas é preciso algumas sessões de terapia pra essa galera, o comportamento de hoje não leva longe.

Menção DESONROSA: os putos que brigam da Geral, 3 deles já condenados a não frequentar o estádio, mais uma vez podem ferrar com o Grêmio. Deve lhes faltar pica no rabo, ou são uns pau mole, que brigam pra defender um pangaré que já morreu. Noriega deu ótima sugestão: entrar com ação civil contra eles cobrando os danos financeiros, caso percamos mando de campo, por exemplo. Lhes cobre a renda, 2 milhões em um jogo de oitavas, pra ver se ainda terá imbecil fazendo o mesmo. Discutimos como solucionar o controle da entrada e o Amigo Martin deu ótima ideia: ligar o ingresso comprado à digital da pessoa, sendo que na compra do ingresso se verifica sua identidade e permissão para entrar no estádio. Assim, poderíamos controlar os vândalos, mesmo aqueles que ainda não foram condenados, baderneiros e afins. A dificuldade seria na compra, mas nada se resolverá sem algum esforço.

Não percamos o foco

Salve torcedor gremista e leitor do blog. Leia esse título de novo e releve todo o circo armado pelos vermelhos, afinal eles entendem muito de lona, espetáculos e palhaçadas.

Foco na Copa

Estamos classificados com antecedência, invictos no grupo da morte e temos a chance de garantir a segunda melhor campanha da fase de grupos. É isso o que importa!

Em campo, menino Luan é desfalque para este jogo contra o Nacional  e muito provavelmente será desfalque nos jogos das 8as. Alán Ruiz deve ser seu substituto, o que muito me agrada. Nos três últimos jogos tivemos eficiência ofensiva porém um meio de campo esvaziado, sem posse de bola e que chamava o adversário para cima. Por isso acredito que a entrada de Ruiz pode resolver esse problema e fazer o time jogar mais com a bola.

Fora de campo, amanhã é dia de lotar a Arena, deixar de lado o Novellettão e fazer aquele estádio MODERNO, NOVO, com acessibilidade aos deficientes e construído pelo clube e para o torcedor, pulsar como nunca.

Ah, a tempo, parabéns aos colorados pelo final de semana de festa na rererereinaguração do seu estádio.

Estádio Beira Rio Foto:Editoria de arte Jornal Zero Hora

Abraços

Resultado Justo

Acho que o título é um resumo da partida de ontem. Essa partida poderia ter tido outros resultados e placares, mas nenhum seria mais justo do que o empate por 1×1. Os dois times buscaram chegar ao gol do adversário e deixaram que o adversário tivesse oportunidades.

Foi um jogo quente do começo ao fim, e me peguei pensando ontem se a atitude do time fosse a atitude do time do Profexô Luxa, estaríamos em maus lençóis nesta quinta-feira, onde finalmente está acabando este verão que também foi insuportável de quente.

Quando o jogo se encaminhava para os minutos finais, as projeções da tabela não se mostravam mais tão favoráveis, o pessimismo deu sinal de luz para nós na estrada, mas a gente acelerou e deixou ele para trás. A vitória é importantíssima para nossa moral e para nossas pretensões no grupo, e se é para pensar grande como Grêmio que somos, foi ótima para nossos confrontos nas próximas fases, afinal eu sempre prefiro jogar a segunda em casa com a força da torcida. Que aliás, me surpreendi com a baixa quantidade de gremistas ontem nas arquibancadas. Acho que o corte da direção com as torcidas ainda não foi bem assimilado a alguns.

Foto: Julian Valiente - CANOB Oficial

Foto: Julian Valiente – CANOB Oficial

Marcelo Grohe não teve culpa no gol do Newell’s, ele teve culpa sim é nas grandes defesas que fez! Algumas pessoas estão criticando Marcelo Grohe, deve ser pelo fato de olharem para o Dida e ver que ele não levou nenhum gol nessa Libertadores ainda. Convenhamos, goleiro, o Grêmio, sempre criou em casa.

O nosso meio de campo foi muito bem, os nosso volantes são três cães famintos querendo tirar a bola do adversário, gostei da escalação de Dudu no lugar de Zé Roberto, ele não foi mau na partida, mas eu acho que ele podia ter tido um desempenho melhor, o NOB deu oportunidades.

Luan, este menino está virando um cheque em branco para o Grêmio. Depois do Traíra, eu não lembro do Grêmio ter criado um jogador com tanto potencial técnico e financeiro, não é verdade? Estou acostumado a revelarmos zagueiros, volantes e nada muito mais criativo que isso. O Guri pega a bola e vai pra cima, ele tem visão de jogo diferenciada, assisto os jogos da Champions League, e vejo que o moleque poderia estar lá, e acho que logo logo estará, mas por favor Dr. Koff, segure este menino até fim do ano! Ele é a nossa esperança do algo a mais.

Foto: Julian Valiente - CANOB Oficial

Foto: Julian Valiente – CANOB Oficial

Uma cornetinha também pode? Rapidinho então… Pará não dá mais. Me deu calafrios ver ele pegando a bola para cobrar aquela falta ontem quase na risca da área, me arrependi de ter ficado feliz com o Dudu ter começado o jogo e já desejava o Alan Ruiz. E Barcos, é um caso a ser estudado, conseguiu errar gols feitos como de costume, e quando no fim do jogo todos iam gritar para ele ir para a área, ele acerta um cruzamento para ser estudado por Pará, e acerta a cabeça de Rodholfo que fez uma dança muito estranha para comemorar. Mas ok, naquela altura do jogo, vale. É o Grêmio mostrando quem é o Grêmio, o time que não desiste nunca.

Jogo interessante!

Jogo interessante para mostrar o que não funciona, o que está errado – ou não muito certo. No jogo contra o time de 81 sócios, jogado em um estádio com campo quase pior que o de sábado, o placar zerado não era esperado. Temos 925 vezes mais sócios – por isso mais volume de clube, seríamos 925 melhores ou piores, considerando as proporções? Embora a bola pipocasse no gramado em vez de rolar, deveríamos ter feito melhor.

Apesar de ser adequado um padrão de jogo, acredito que é importante se adaptar. Em campo quase menor que o potreiro perto de casa lá em Mondaí, não se pode querer cozinhar o adversário circundando a área, porque entulha de gente lá dentro. Em caso como esse, devemos ser rápidos, de toques curtos e precisos, jogando sem bola pra fazer espaço, abrir vazios. Uma ou duas tabelas foram feitas, com sucesso e simplicidade. É o BÁSICO! Mas os profissionais esquecem o básico no juvenil. Mas entre mortos e feridos, a configuração com Dudu no lugar de Riveros deu agilidade, como se previa. Bons lances foram construídos, como a bela chuveirada do Ramiro (não é a primeira vez nem a segunda) para Barcos não alcançar e a infiltração de Luan pela direita, deixando Dudu embaixo das traves para errar, devido ao gramado muito irregular – sim, é profissional e deveria ser melhor que o morrinho.

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Em branco, Barcos. Foto: Félix Zucco/Agência RBS

A molecagem dos nossos avantes vai bem, é fato novo e agradável, exceto quando cai em preciosismo. Toquinho de lado aqui e ali é frescuragem demais. Por todo primeiro tempo, ninguém ousou meter o pé de fora; do Velho Oeste gritariam, com sotaque alemão: Chuts picuda! Interesse desse jogo: precisamos chutar mais. Assim como Rhodholpho, com aquela graciosidade patética? Não, deixemos a vergonha pra ele.

As correções do intervalo nos fizeram patrolar. “Barcos, fica na área e faz pivô, uai!”, disse Enderson. Assim, levou mais perigo que nos 45′ anteriores. A displicência visitou Zé Roberto que perdeu gol feito, mas não Luan (que ao contrário de Dudu ousou com responsabilidade) e Alan Ruiz, que entrou e logo mandou um canhotaço na trave. “Así se hace!”, teria dito ao nosso ancião.

Gols não vieram, mas serviu para percebermos a necessidade de jogar mais simples, no toco y me voy, tabelinha, contra-ataque, larga na frente e corre atrás, abrir pro lado e mandar o kichute, lembrar que nossa zaga precisa de missas pra melhorar na bola aérea. Treino interessante, tomara que o chefe também veja, sô.

Muita calma nessa hora

Cá estamos nós, atualizando o blog e vivendo um grande momento na copa. Chamei a responsabilidade (obrigação moral) deste texto antes do jogo de ontem, mas confesso que manter a cautela enquanto o escrevo será difícil. Que jogo amigos, que jogo!

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Passado algum tempo, baixada a adrenalina e o êxtase pela grande atuação de ontem, me sinto mais confiante pra fazer uma análise mais sóbria sobre o jogo e o momento que estamos vivendo na LA2014.

Pra começar, faz tempo que não vejo um Grêmio copeiro de verdade, copeiro na sua essência, jogando bola, jogadores frios e raçudos e um treinador sem estrela, que arma muito bem o time e parece ter o grupo na mão.

Fugindo das obviedades (Luan e Wendell), é animador observar a consistência defensiva do time e a aparente facilidade com que o meio de campo troca passes. Porém, o  que ainda preocupa (eis aqui a cautela prometida no início) é a velha deficiência tricolor em aproveitar contra ataques. Perdemos a chance de tornar o jogo fácil logo. Não se pode dar chance ao azar, o perigo passou perto. Outra coisa que me incomoda, e muito, é a queda de ritmo depois do 1 a 0. Esperar ser atacado é pedir pra tomar o empate.

Voltando aos aspectos positivos, não se pode deixar passar batido algumas individualidades que contribuem muito ao grupo. As atuações de Ramiro, Marcelo Grohe, Riveros e Edinho (chora colorado) foram espetaculares. Marcelo passa muita confiança e ontem, de novo, fez grandes defesas. É o nosso goleiro do tri!

Quanto a arbitragem, achei muito discutível os lances do gol do Luan (os vermelhos não param de chorar), no carrinho (por trás) sofrido por ele e no possível pênalti também no Luan Messi. Anularia o primeiro, vermelho pro jogador do Nacional no segundo e talvez um pênalti no terceiro.

Feita essa análise só me resta olhar na tabela: melhor campanha, 4 gol s marcados, nenhum sofrido e boas chances de classificação em 1o no grupo da morte. E que siga assim, time copeiro, arena pulsando e blog sempre atualizado.

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Saudações

Noite de Copa

O ano de 2014 começou, as discussões sobre o Grêmio acontecendo todo o dia na mais nova rede social do menino Mark Zuckerberg, mas o blog caminhando a passos lentos, quase parado para ser bem sincero. Mas isso vai mudar, a partir de hoje, para ninguém dizer que o blog começa só depois do carnaval, até porque em pleno século XXI ainda existir carnaval é outra vergonha.

Ontem a noite passou da meia-noite e já complicou o sono, afinal hoje é DIA DE GRÊMIO! E dia de Grêmio na Copa! Eu acho que não prestei bem atenção na classificação final do brasileiro do ano passado, porque teve time vermelho poupando titulares final de semana, e eles acham que é eles que jogam. Mas não, a chances de levantar o terceiro caneco é nossa!

Estamos com um time se entrosando, e surgindo boas opções para o treinador Enderson, que muito merece ser elogiado e agora em nossas entrevistas coletivas se fala de futebol, e não de qualquer outro assunto como vinha acontecendo com Renato e Luxemburgo. Temos um treinador focado no trabalho e parece que conseguiu puxar o grupo junto. A vitória em Montevideo foi importantíssima para nossas pretensões, e hoje contra o nosso adversário da final da Libertadores de 1995, é hora de vencermos em casa e pegarmos a liderança do grupo. O nosso time, e nem o deles é o mesmo, mas o que precisa ser igual é a garra daquele time de 1995.

Vamos Grêmio, espero ver uma Arena lotada e pulsante, onde time e torcida sejam uma coisa só, as desavenças ficam para serem discutidas amanhã do lado de fora, ou nas redes sociais.

QUEREMOS A COPA!!

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA